Como a Ciência Explica o Poder da Música no Cérebro Humano

Você já parou para pensar por que uma música pode te fazer chorar, arrepiar ou até reviver memórias esquecidas? A resposta está na fascinante ponte entre música e ciência.

Quando ouvimos música, nossos ouvidos captam vibrações no ar — ondas sonoras – e sim, essas ondas precisam de um meio para propagar, então a menos que você esteja no espaço, você irá ouvir. Essas ondas são traduzidas pelo cérebro em sons, ritmos e melodias. Mas o que acontece depois que chega a esse órgão tão poderoso e misterioso, é ainda mais impressionante: a música ativa diversas áreas do cérebro ao mesmo tempo — como o córtex auditivo, o sistema límbico (ligado às emoções) e até mesmo hipocampo, que lida com nossas memórias – esse último ainda possibilitou cientistas a concluírem que aprender um instrumento pode até te prevenir de ter Alzheimer!

Estudos de neurociência mostram que músicas com determinadas frequências podem influenciar nosso estado de espírito. Por exemplo, tons graves e lentos tendem a induzir calma e/ou introspecção, enquanto batidas rápidas e agudas podem provocar excitação ou alegria, próximo a um estado de euforia. Isso está relacionado com a liberação de neurotransmissores como a dopamina — o mesmo “hormônio da recompensa” que nos faz sentir prazer. Isso é curioso, pois mesmo que de certo modo, não estejamos fazendo nada além de focar em ouvir e a pensar, ainda assim sentimos uma certa recompensa naquilo.

A chamada “resposta de arrepio” (ou frisson) que sentimos com certas músicas está associada a picos de atividade no núcleo accumbens, uma área envolvida no prazer e no comportamento motivado por recompensas. Em outras palavras, nosso cérebro literalmente se delicia com sons organizados de forma harmoniosa.

Além disso, terapias sonoras e musicais vêm sendo cada vez mais utilizadas na medicina para tratar ansiedade, depressão, distúrbios neurológicos, enfim, diversos tratamentos. Isso mostra que a música não é apenas arte — é uma força natural que interage profundamente com nossa biologia.

Outro estudo sobre a influência de algumas músicas nas células cancerosas, mais precisamente nas MCF-7 relacionadas ao câncer de mama, o qual relatou que houve uma eliminação de cerca de 20% dessas células. Aqui tem um vídeo que traz esse e outros estudos interessantes.

Vimos que a música beira a magia, então da próxima vez que você der play na sua música favorita, saiba: o que você sente não é só emocional — é também científico.

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